MULHERES PELA VIDA


Construções e Comércio Camargo Corrêa, Euroamérica e Siqueira Castro
Localidade: São Mateus, SP
Parceiro Operador: PROLEG-Promotoras Legais de Santo André

Projeto capacita mulheres e as transformam em promotoras legais em São Paulo (SP)

Ser mulher no Brasil é enfrentar obstáculos que se impõem em todas as esferas da vida. Mulheres brasileiras têm mais dificuldade de entrar no mercado de trabalho e ocupar cargos de liderança. Quando conseguem, geralmente ganham menos do que homens cumprindo a mesma função. Nas ruas e em seus próprios lares, milhões de brasileiras sofrem os mais diversos tipos de violência. Segundo a Agência Brasil, somente em 2022, foram 18 milhões de casos registrados e 700 vítimas de feminicídio, considerando apenas o primeiro semestre do mesmo ano.
Ainda que estejamos avançando em reflexão, debates e leis, resta muito a fazer para garantir equidade, segurança e respeito para as mulheres no Brasil. São várias as frentes que se apresentam como caminhos e requerem atenção e investimento, uma delas é o empoderamento de mulheres por meio de conhecimento sobre direitos e caminhos de acesso à justiça. Foi com esse foco que o Instituto Camargo Corrêa lançou o projeto “Mulheres pela Vida: seus direitos e sua cidadania na cultura de paz”, uma iniciativa focada exclusivamente no público feminino em situação de vulnerabilidade.
Mais de R$ 163 mil foram investidos, em parceria com a Construções e Comércio Camargo Corrêa, a Siqueira Castro Advogados e a Euroamerica, na formação de 55 mulheres como “Promotoras Legais Populares”, no bairro de São Mateus, em São Paulo (SP). Conduzido pela Organização Não Governamental (ONG) PROLEG – Promotoras Legais de Santo André (SP) –, o curso abordou, em uma grade de seis meses, temas como violência doméstica e familiar; feminicídio; Lei Maria da Penha; cultura de paz; mediação de conflitos; rede de proteção; direitos humanos, de cidadania e de família, entre outros.
Atuando na educação e disseminação de conhecimento, mas também atento à necessidade de ajudar a romper barreiras para essas mulheres no mercado de trabalho, o projeto ofereceu oficinas profissionalizantes nas áreas de panificação e confeitaria, cabeleireiro, design de sobrancelha e tranças.
Essas promotoras se tornaram aptas a exercer a cidadania de tal forma que os benefícios extrapolam suas próprias vidas e alcançam suas comunidades. Hoje elas se encontram fortalecidas e com ferramentas e conhecimento suficiente para ajudar outras mulheres a obterem dignidade e respeito.